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sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Convidado

Leandro Aragão - Blog Nove do Quinto


Águas de Junho

A chuva cai, a rua inunda... Não vou continuar a rima, ela é pra ser cantada em seguida à música “Parabéns pra Você” e não agora. Mas, neste exato momento em que escrevo (e não em que publico o texto), a chuva cai e cai forte. As ruas estão começando a alagar. Não gosto mais de chuva, aliás, só gosto de chuva pra dormir e ficar de conchinha com mulher assistindo filme, cochilando e esquentando o quarto com o aquecedor natural.
Esse ano é o ano da quebra de recordes. Recordes pessoais, que não podem ser divulgados, alguns positivos, outros também positivos, mas nem tanto assim e será pior se eles continuarem sendo quebrados ao longo do tempo. E recorde de chuva em Salvador. Tem chovido bastante na cidade, coisa que não acontecia muito.
Sempre que passa o carnaval, as pessoas dizem que vem a época da chuva. Mas nunca foi uma Época da Chuva (é com letra maiúscula para você entender o sentido). Na verdade, era uma época que chovia um pouco, alguns dias, mas na real era a época sem festas na cidade. A época da chuva dura até começar o Sauípe Folia, depois a seqüência de festas começava e os motores festivos iam sendo ligados aos poucos até a chegada da melhor estação do ano, o verão. Dessa vez é um ou outro final de semana de sol. Como a desculpa de todo mundo pra tudo de ruim que acontece, boto a culpa na crise mundial e no aquecimento global (essas duas coisas estão na moda, crise mundial e aquecimento global).
Salvador fica um saco quando chove, principalmente no fim de semana. Não tem nada pra fazer a não ser ficar dentro de casa vendo a chuva cair ou se aventurar de sair pelas ruas debaixo de chuva para ir pro shopping. Tem barzinho também, mas de dia é mais astral ir pra um bar aberto com vista pro mar.
Essa semana tem feriadão, quinta-feira é feriado. Não é Tiradentes, mas a sexta-feira será enforcada. Quatro dias de folga. Pena que deverão ser quatro dias de chuva. Desisti de viajar no feriadão. Eu ia (adivinhe?) pro Rio de Janeiro... Mas optei por me recuperar do último final de semana, que foi rock n’roll (ou rock n’rolla), como diz Jorge Ben, “Preciso ter fé em Deus e me cuidar”...
Chuva e preguiça são parceiras, companheiras ou tem amizade colorida. Uma complementa a outra. Ficar dentro de casa é tranqüilidade. Sair pra rua é aventura. Ouvir Rain song dentro de casa é tranqüilidade. Ver o carro morrer, em seguida ouvir o inhén-inhén-inhén do motor não querendo pegar no meio da rua é foda. Ainda bem que minha trilha sonora de chuva é Rain Song. Ultimamente tenho evitado sair na chuva, não por causa do carro, porque o meu Gol Prata é pau pra toda obra, ele encara e não pára, mas por preguiça mesmo.
Antes eu gostava da chuva, até me aventurava sair casa. Hoje eu prefiro ficar em casa, só boto o pé na rua pra ir pra outras casas bater o “jogadete” de Pró-Evolution Soccer com os amigos e viajar na nave Enterprise, mais conhecida como sofá ou esquentando o quarto com aquecedor natural ou se for algo muito importante ou então para me aventurar no shopping quando a minha nave Interprise está sem combustível. “Chove chuva, chove sem parar...”. Mas bem que eu queria que parasse. São Pedro, meu broder, bem que você podia cooperar um pouco, hein?

Imagem: Cantando na Chuva

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