EntreAspas
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O tema hoje é Homens.
Sentei na frente do micro e pensei: mas o que falar de homens com quem convivo a não ser que me encantam? Comumente, falo muito bem dos homens. Afinal, eu os vejo como parceiros, como complementos. E os adoro, tanto quanto adoro o universo feminino.
Mas existem várias exceções. E ainda bem que eu ainda tenho memória para lembrá-las (pelo menos uma delas) ou este texto não sairia. Uma destas exceções são os bundões. É chula, a palavra. Eu sei. Mas é a que quero usar – a que define, com exatidão, os homens aos quais quero me referir. Existem também as mulheres que se encaixam neste perfil. Mas mulher tem outro nome.
Bundões são os sedutores, maravilhosamente sedutores, que não conseguem sair da sedução. Em geral, são aqueles que têm uma relação estável já numa fase de mesmice. Tentam, isso não se pode negar, colocar cor e sabor na vida. Perfeito. O ser humano necessita destas renovações. Eu necessito e o faço. Mas eles, os bundões, ficam sempre no meio do caminho.
A relação deles com a fidelidade é completamente ambígua. Não são fiéis, mas não conseguem ser concretamente infiéis. Acreditam na tese de que o homem é biologicamente polígamo, sentem a constante necessidade de mudar a si mesmos em novos amores, mas falta-lhes coragem para passar da tese à prática. Querem desesperadamente uma nova paixão, mas querem com a mesma força conservar-se seguros na antiga relação. E viram trapalhões. Têm ímpetos de coragem quase suicida. E quando percebem que estão com o pé suspenso no abismo, recuam. Não se assumem nem anjos, nem demônios. Nem sabem lidar com a transição de um para o outro. E nesta dança de vai-não-vai são extremamente desrespeitosos. Na relação antiga e na nova.
Amei um ou outro destes homens, reconheço. Porque ao seduzir o sedutor, fui também seduzida. Mas o preço pago foi excessivamente alto: lambi as feridas que em mim causaram e senti pelas feridas que nas parceiras abriram. Sou assumidamente infiel – dentro do padrão vigente de fidelidade - mas preservo cada um dos meus amores. É o mínimo que espero de quem se dispõe a se relacionar comigo. É o mínimo que se espera de alguém que não queira ser chamado bundão!
Bundões são os sedutores, maravilhosamente sedutores, que não conseguem sair da sedução. Em geral, são aqueles que têm uma relação estável já numa fase de mesmice. Tentam, isso não se pode negar, colocar cor e sabor na vida. Perfeito. O ser humano necessita destas renovações. Eu necessito e o faço. Mas eles, os bundões, ficam sempre no meio do caminho.
A relação deles com a fidelidade é completamente ambígua. Não são fiéis, mas não conseguem ser concretamente infiéis. Acreditam na tese de que o homem é biologicamente polígamo, sentem a constante necessidade de mudar a si mesmos em novos amores, mas falta-lhes coragem para passar da tese à prática. Querem desesperadamente uma nova paixão, mas querem com a mesma força conservar-se seguros na antiga relação. E viram trapalhões. Têm ímpetos de coragem quase suicida. E quando percebem que estão com o pé suspenso no abismo, recuam. Não se assumem nem anjos, nem demônios. Nem sabem lidar com a transição de um para o outro. E nesta dança de vai-não-vai são extremamente desrespeitosos. Na relação antiga e na nova.
Amei um ou outro destes homens, reconheço. Porque ao seduzir o sedutor, fui também seduzida. Mas o preço pago foi excessivamente alto: lambi as feridas que em mim causaram e senti pelas feridas que nas parceiras abriram. Sou assumidamente infiel – dentro do padrão vigente de fidelidade - mas preservo cada um dos meus amores. É o mínimo que espero de quem se dispõe a se relacionar comigo. É o mínimo que se espera de alguém que não queira ser chamado bundão!
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