Conversas de um velho safado
Manual prático do amor para a mulher moderna
Com freqüência, as damas se queixam de incompreensão por parte dos cavalheiros. A recíproca é verdadeira. Como cidadão do mundo e atento observador da natureza humana, constantemente escuto reclamações de homens que se sentem vítimas da intolerância feminina. Os motivos de amuo do sexo frágil são hábitos corriqueiros no dia a dia dos machos. Detectado o problema e preocupado em estabelecer a convivência harmoniosa entre os sexos, dei início à elaboração de um pequeno manual de comportamento que possibilite a elas melhor compreensão, aceitação e obediência às necessidades deles. Destarte, acredito estar contribuindo para tornar menos perigosas as relações entre machos e fêmeas, resgatando a palavra de ordem dos anos 60: Faça amor, não faça guerra.
A seguir, alinho os cinco pontos mais nevrálgicos das relações conjugais, que diagnostiquei nas pesquisas de campo. Atenção, damas:
1. Não perturbe o senhor do castelo quando o mesmo encontrar-se confortavelmente instalado no sofá vestindo apenas a cueca da sorte e assistindo a um jogo do seu time do coração. O mesmo vale para as lutas de vale tudo. Outro conselho fundamental neste quesito: nunca pergunte quem é a bola.
2. Não permita que falte cerveja na geladeira. Igualmente mantenha-a permanentemente abastecida de finos acepipes, tais como torresmo, ovos de codorna em conserva, pepinos em calda, azeitonas, queijo da colônia e lingüiça calabresa. É recomendável também ter sempre ao alcance da mão, no armário de remédios, sal de frutas e outros medicamentos que proporcionem bem estar estomacal.
3. Evite tecer comentários críticos nas ocasiões – geralmente às sextas-feiras – em que o ser amado regressa ao lar fora do horário habitual, com a roupa amarfanhada e a voz ligeiramente pastosa. É preciso entender que um guerreiro precisa confraternizar com seus iguais. Eventuais marcas de batom no colarinho devem ser entendidas como manifestações de carinho de fãs entusiasmadas. Nos casos de marca de batom na cueca, é permitida uma suave repreensão.
4. Seja judiciosa ao usar o telefone. Não contate o seu amor por celular a não ser em caso de catástrofe iminente, como, por exemplo, a súbita possibilidade de faltar cerveja no mercado. Numa situação assim dramática (tóc tóc tóc, pé de pato mangalô três vezes), solicite instruções precisas sobre qual quantidade do precioso líquido deve ser adquirida e estocada, a fim de que o provedor do lar possa atravessar incólume o período de crise.
5. Nunca, jamais em tempo algum, alegue dor de cabeça naquelas horas. A tão referenciada insensibilidade masculina é apenas aparente. Por baixo da couraça que o guerreiro usa nos embates diários na selva de pedra, há um ser humano carente de carinho e atenção, extremamente sensível à rejeição dos seus arroubos de paixão. Uma recusa pode comprometer para sempre a sua performance nos folguedos sexuais.
Ressalto que esta é de uma obra aberta à colaboração do sempre fiel e gentil leitorado. Não se avexem em apresentar suas reivindicações, rapazes. Não precisam me agradecer, garotas. Faço tudo por vocês.
Com freqüência, as damas se queixam de incompreensão por parte dos cavalheiros. A recíproca é verdadeira. Como cidadão do mundo e atento observador da natureza humana, constantemente escuto reclamações de homens que se sentem vítimas da intolerância feminina. Os motivos de amuo do sexo frágil são hábitos corriqueiros no dia a dia dos machos. Detectado o problema e preocupado em estabelecer a convivência harmoniosa entre os sexos, dei início à elaboração de um pequeno manual de comportamento que possibilite a elas melhor compreensão, aceitação e obediência às necessidades deles. Destarte, acredito estar contribuindo para tornar menos perigosas as relações entre machos e fêmeas, resgatando a palavra de ordem dos anos 60: Faça amor, não faça guerra.
A seguir, alinho os cinco pontos mais nevrálgicos das relações conjugais, que diagnostiquei nas pesquisas de campo. Atenção, damas:
1. Não perturbe o senhor do castelo quando o mesmo encontrar-se confortavelmente instalado no sofá vestindo apenas a cueca da sorte e assistindo a um jogo do seu time do coração. O mesmo vale para as lutas de vale tudo. Outro conselho fundamental neste quesito: nunca pergunte quem é a bola.
2. Não permita que falte cerveja na geladeira. Igualmente mantenha-a permanentemente abastecida de finos acepipes, tais como torresmo, ovos de codorna em conserva, pepinos em calda, azeitonas, queijo da colônia e lingüiça calabresa. É recomendável também ter sempre ao alcance da mão, no armário de remédios, sal de frutas e outros medicamentos que proporcionem bem estar estomacal.
3. Evite tecer comentários críticos nas ocasiões – geralmente às sextas-feiras – em que o ser amado regressa ao lar fora do horário habitual, com a roupa amarfanhada e a voz ligeiramente pastosa. É preciso entender que um guerreiro precisa confraternizar com seus iguais. Eventuais marcas de batom no colarinho devem ser entendidas como manifestações de carinho de fãs entusiasmadas. Nos casos de marca de batom na cueca, é permitida uma suave repreensão.
4. Seja judiciosa ao usar o telefone. Não contate o seu amor por celular a não ser em caso de catástrofe iminente, como, por exemplo, a súbita possibilidade de faltar cerveja no mercado. Numa situação assim dramática (tóc tóc tóc, pé de pato mangalô três vezes), solicite instruções precisas sobre qual quantidade do precioso líquido deve ser adquirida e estocada, a fim de que o provedor do lar possa atravessar incólume o período de crise.
5. Nunca, jamais em tempo algum, alegue dor de cabeça naquelas horas. A tão referenciada insensibilidade masculina é apenas aparente. Por baixo da couraça que o guerreiro usa nos embates diários na selva de pedra, há um ser humano carente de carinho e atenção, extremamente sensível à rejeição dos seus arroubos de paixão. Uma recusa pode comprometer para sempre a sua performance nos folguedos sexuais.
Ressalto que esta é de uma obra aberta à colaboração do sempre fiel e gentil leitorado. Não se avexem em apresentar suas reivindicações, rapazes. Não precisam me agradecer, garotas. Faço tudo por vocês.
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