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segunda-feira, 9 de março de 2009

Trivialmente

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Essas nossas mulheres!

Nos tempos das nossas avós, as mulheres cuidavam da casa, dos filhos, do marido. Bordavam, trocavam receitas, cuidavam dos jardins e da decoração da casa. Algumas, mais prendadas, faziam artesanato e outras, até pintavam quadros ou tocavam piano! Saíam para fazer compras nas quitandas ou nas mercearias, onde os maridos, no final do mês, pagavam as contas. Eram elas que cuidavam das roupas da família e, quando tinham tempo, algumas até costuravam para fora. E assim, viviam tranqüilas, levando o Totó para dar uma voltinha na praça, sem essa imposição moderna de ensacar o cocô do bichinho.

Algumas, menos dadas à vida dentro de casa, estudavam. Ou terminavam o Curso Normal e viravam professoras, ensinando o bê-á-bá nas escolas primárias. As mais atiradas faziam faculdade e iam ser professoras no ginásio, dando aulas de línguas, ou de história, de geografia ou de matemática. E assim, com a ajuda de empregadas domésticas que muitas ainda intitulam “secretárias do lar”, davam conta de manter as casas, os filhos e os maridos bem cuidados, sem que nada lhes faltasse.

Os maridos eram os provedores do lar e às mulheres bastava apenas serem o sexo frágil, detentor dos segredos das prendas domésticas. Bastava-lhes que no final do dia a casa estivesse limpa, o jantar preparado, os filhos de banho tomado e com os deveres escolares feitos; elas perfumadas e arrumadas esperando a chegada dos esposos para o jantar em família, depois um pouco de televisão antes de irem dormir.

Um dia, um grupo de mulheres resolveu se rebelar, queimar sutiãs e exigir igualdade com os homens! O que ganharam com isso?

Hoje, elas continuam sendo as verdadeiras responsáveis pelos assuntos domésticos, pelos cuidados com a família, aí incluídos os maridos, além do trabalho que desenvolvem fora de casa, nas empresas, nos hospitais, nos consultórios e escritórios. Não existe uma profissão que as mulheres não exerçam atualmente. E em todas se mostram capazes e eficientes. Às vezes até mais eficientes que os próprios homens, antes detentores exclusivos daquelas profissões. Mas ganham menos! É um fenômeno observado ao redor do mundo; os salários masculinos continuam mais altos e ninguém sabe explicar por quê. A menos que queira correr o risco de ser apedrejado por declarar que o homem ainda é o provedor da casa... tsc, tsc, tsc...

Hoje elas precisam, ou melhor, se sentem obrigadas, em função da concorrência com eles e outras mulheres, a ter um corpo sempre em forma, sem estrias nem celulite, com a depilação em dia, as unhas impecáveis e os cabelos macios, sedosos e com um corte da moda. A maquiagem deve estar sempre impecável, a pele acetinada e roupas, sapatos e acessórios combinando perfeitamente tanto com o tipo físico quanto com o cargo que ocupam. Sem falar no perfume, que precisa combinar com suas personalidades e não agredir as narinas alheias.

Precisam ser antenadas e inteligentes, com currículo invejável, recheado com MBA e vastíssima experiência profissional.

Aí eu pergunto: não teria sido melhor terem ficado em casa, assistindo a sessão da tarde, tendo alguém para pagar as contas no final do mês, abrir portas para elas passarem, puxar cadeiras para elas sentarem e mandar flores em datas especiais? Eu não sei se elas fizeram um bom negócio com essa tal de igualdade. Mas também a minha opinião não conta, já que sou homem e, como todos, não entendo essas nossas tão amadas mulheres!

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