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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Falhas nas conexões cerebrais

Somos todos iguais?
Eu acredito que, independente do sexo da pessoa, o ser humano não é de natureza monogâmica. Somos de cultura monogâmica e a palavra "traição" é utilizada, neste caso, como inibitória. Partindo deste princípio, precisamos arrumar "motivos/explicações" para validar os desejos carnais.
Há pouco tempo, diferenciava-se a traição masculina da feminina. E lentamente essa diferenciação está deixando de existir. Apesar da mulher ainda sofrer muito mais com os preconceitos culturais, vem aos poucos se libertando dos falsos conceitos criados para inibi-las.
Muitas colocavam a "culpa" na ausência do marido, casamento em declínio, falta de atenção entre outras explicações, sendo que todas geravam um único sentimento: carência e a busca de um amor que suprisse essas ausências afetivas.
Hoje em dia, após uma grande evolução da participação da mulher na sociedade, direitos reconhecidos e diversas autonomias antes não concedidas, essas explicações deixaram basicamente de serem as únicas. Não há mulher no mundo que não goste de ser paquerada, cortejada, paparicada ou qualquer outra "ada" nesse sentido, que não queira se sentir especial. E muitas têm a necessidade de serem especiais não apenas para o ser amado.
E bem diferente do que os homens acham (que o companheiro "não dá conta do recado"), a maioria feminina afirma que, quando traem os namorados/noivos/maridos/afins, eles não têm culpa, o fazem porque a culpa é delas! E eu acho engraçado o termo "culpa"...
Enfim, acredito que haja uma probabilidade bem pequena de lá no âmago da questão eu estar errada na minha constatação, a motivação para a tal transgressão é a VAIDADE. Muitos vão dizer que vaidade é algum tipo de carência, mas convenhamos que o peso dessa carência, se assim for considerada, sai dos ombros do parceiro.
Na tentativa de suprirem o ego, a auto-estima, querem se perceber gostosas, sem necessariamente serem amadas, até porque é sabido que o amor tem outro tipo de olhar.
Muitas procuram provar a elas mesmas que ainda conseguem ser desejáveis, que são procuradas não pelo comodismo, não pela facilidade de dividirem a cama e talvez isso gerar certa "comodidade" sexual entre o casal. Precisam alimentar o ego tendo o corpo devorado por um outro homem, que aparentemente descubra novos encantos ou desengavete os antigos.
Muitas são extremamente inseguras em relação ao próprio corpo e não há opinião contrária que as demovam da idéia fixa de que muita coisa está fora do lugar. Não testam, basicamente, os homens para se divertirem com eles, testam a si mesmas para elevar a própria auto-estima.
Há ainda, as mulheres que gostam de competir com as demais. Mulher, muito melhor que os homens, sabe que sexo é poder, que em certas circunstâncias pode valer até mais que dinheiro. Sexo também traz status. O sexo, quem determina se ele vai ou não acontecer invariavelmente é a mulher. Definitivamente o domínio, as rédeas estão em mãos da ala feminina. "Eu tenho x possibilidades/amantes/paqueras/admiradores e fulana tem somente o ínfimo y de possibilidades/amantes...logo, eu = poderosa/gostosa/inteligente (sim! inteligência também entra aqui!) que fulana."
Uma coisa que notei, segundo pesquisas do Inst. Alinístico de Pesquisas e Observações, e não estou generalizando, é que as mulheres na faixa dos 18 aos 25 anos, basicamente solteiras e que podem até ter namorados, são contra a traição (há exceções), mas conforme a idade vai avançando, elas vão flexibilizando essa opinião. A maioria além de ter um relacionamento estável, já passou da faixa dos 25 anos. Quanto mais idade, mais a necessidade de abastecer a vaidade (há exceções).
Nessa história toda eu percebi que, além da mulher ser muito mais hábil na "arte de trair", elas são falsas moralistas. Quando não reprimem seus instintos e vivem na frustração (há exceções!), traem, pulam a cerca, têm segredos obscuros para com o companheiro oficial e não contentes, sem um pingo de vergonha na cara, levantam a bandeira dizendo-se contra, condenando e muitas vezes difamando a colega. Uma vergonha!
Cada um tem o seu próprio conceito de traição, sendo assim, traição é um conceito muito amplo nesta sociedade ainda encruada pelos mandamentos machista até de uma religiosidade conservadora e conformista. O que eu queria que vocês analisassem é: O que um condena, fazendo ou não na obscuridade sigilosa da alcova, é o mesmo que o outro condena? Se um está certo em seu parecer, estaria o outro errado? E aí, não voltamos para o primeiro parágrafo deste texto?
Será que os motivos femininos não estão, na verdade, bem próximos dos masculinos?

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