Shi's a lady
Final de ano, época em que a gente começa com aquelas reflexões de praxe: o tempo passa, o tempo voa, a poupança cai (e estou falando da bunda também, claro), a gente fica à toa, tudo e nada acontece ao mesmo tempo. Esse ano, que foi muito bom pra mim, a minha reflexão vai para "o que poderia ter feito e não fiz". Ou seja: as leseiras-barés do ano.
Pra começar posso dizer que não estudei. Eu poderia muito bem ter começado uma faculdade particular, trabalhei o suficiente pra ter condições de pagar uma. Ah, eu não tenho mais idade, tempo ou paciência pra fazer cursinho só pra passar numa pública, convenhamos. Uma vez eu apenas liguei pra uma universidade aqui em Manaus querendo saber preços, essas coisas, e não demorou um mês eu soube que tinha sido aprovada no vestibular da referida. Fez valer a máxima: a mente faz coisas incríveis. Mas para falar a verdade, minha vontade de estudar é só mesmo pelo prazer de sair de casa e me divertir. Estudar pra "progredir na vida" já não está mais nos meus planos faz um bom tempo!
Outra coisa que eu deixei pra depois: pintar minha casa. Desde as férias do Chico (meu marido), de novembro de 2007, que a gente planeja pintar a casa inteira, nós mesmos, não pagar pra ninguém fazer isso. Mais uma vez só pelo prazer da diversão. Compramos tinta, pincéis, rolos, espátulas (não me pergunte pra quê, mas eu comprei), as férias acabaram e essas coisas ficaram ali, paradas, só esperando. Quando eu era criança todo ano a gente pintava nossa casinha de madeira , e era a família inteira quem pegava no pincel (no mau sentido, claro: o pincel de pintar!). Meu Deus, como era bom aquilo! Papai delegava os cômodos a ser pintados, eu ficava sempre com os rodapés – até hoje não consigo entender essa lógica de papai. Enfim, ele devia saber o que estava fazendo, né? E a casa continua aqui, ainda por pintar. Mas em 2009 sai essa pintura (duvido!)
Ah, sim: eu não consegui arrumar meu escritoriozinho. Mais especificamente uma estante pequena que fica logo atrás da minha cadeira. É um bocado de papel velho e sem utilidade que tem ali cuidadosamente empilhado de forma meticulosamente desordenada, que eu nem sei se ainda tem jeito. Tem ocasiões, pela manhã, que entro no escritório, que olho pra ela (a estante), penso, desperdiço alguns bons minutos de minha vida conjecturando sobre a necessidade de arrumar aquela zorra. Mas, assim como a pintura da casa, a papelada continua lá, intacta. Eu inclusive já sonhei com isso: um dia eu sentava à frente do pc, de repente sentia caindo em cima das minhas costas e minha coluna finalmente ficava curada. Mas prefiro que meu sonho não se realize: é MUITO papel, duvido que minha coluna fraca suporte...
Por fim, mas não menos importante: não comprei uma agenda decente. É assim: ou eu não anoto nada, guardo tudo na cabeça (guardar é modo de dizer, já que minha memória nunca foi boa, e a tendência é piorar), ou então anoto em papeizinhos que vou jogando em cima da minha mesa; eu também tenho o saudável costume de anotar números de telefone em uma folha limpa de papel ofício. Como aqui no meu escritório é onde eu também exerço minhas práticas artesanais e ando, ultimamente, envolta com canudos de papel, fica fácil imaginar onde esses papéis vão parar antes que tudo seja inserido em uma agenda, né? Isso se eu tivesse uma agenda, não esqueçamos! O mais interessante é que eu nunca esqueci de fazer um trabalho sequer, no máximo fiquei sem poder falar com o dono do trabalho, cujo número de telefone deve estar no último canudo que enrolei.
Pensando aqui com os meus 269 botões, meu 2008 foi mais do que bom, foi excelente – especialmente porque foi um ano cheio de leseiras-barés. Mas é muita coisa mesmo, então é melhor parar por aqui, senão os outros palimpnóicos não vão mais conseguir postar até 2010.
Pra começar posso dizer que não estudei. Eu poderia muito bem ter começado uma faculdade particular, trabalhei o suficiente pra ter condições de pagar uma. Ah, eu não tenho mais idade, tempo ou paciência pra fazer cursinho só pra passar numa pública, convenhamos. Uma vez eu apenas liguei pra uma universidade aqui em Manaus querendo saber preços, essas coisas, e não demorou um mês eu soube que tinha sido aprovada no vestibular da referida. Fez valer a máxima: a mente faz coisas incríveis. Mas para falar a verdade, minha vontade de estudar é só mesmo pelo prazer de sair de casa e me divertir. Estudar pra "progredir na vida" já não está mais nos meus planos faz um bom tempo!
Outra coisa que eu deixei pra depois: pintar minha casa. Desde as férias do Chico (meu marido), de novembro de 2007, que a gente planeja pintar a casa inteira, nós mesmos, não pagar pra ninguém fazer isso. Mais uma vez só pelo prazer da diversão. Compramos tinta, pincéis, rolos, espátulas (não me pergunte pra quê, mas eu comprei), as férias acabaram e essas coisas ficaram ali, paradas, só esperando. Quando eu era criança todo ano a gente pintava nossa casinha de madeira , e era a família inteira quem pegava no pincel (no mau sentido, claro: o pincel de pintar!). Meu Deus, como era bom aquilo! Papai delegava os cômodos a ser pintados, eu ficava sempre com os rodapés – até hoje não consigo entender essa lógica de papai. Enfim, ele devia saber o que estava fazendo, né? E a casa continua aqui, ainda por pintar. Mas em 2009 sai essa pintura (duvido!)
Ah, sim: eu não consegui arrumar meu escritoriozinho. Mais especificamente uma estante pequena que fica logo atrás da minha cadeira. É um bocado de papel velho e sem utilidade que tem ali cuidadosamente empilhado de forma meticulosamente desordenada, que eu nem sei se ainda tem jeito. Tem ocasiões, pela manhã, que entro no escritório, que olho pra ela (a estante), penso, desperdiço alguns bons minutos de minha vida conjecturando sobre a necessidade de arrumar aquela zorra. Mas, assim como a pintura da casa, a papelada continua lá, intacta. Eu inclusive já sonhei com isso: um dia eu sentava à frente do pc, de repente sentia caindo em cima das minhas costas e minha coluna finalmente ficava curada. Mas prefiro que meu sonho não se realize: é MUITO papel, duvido que minha coluna fraca suporte...
Por fim, mas não menos importante: não comprei uma agenda decente. É assim: ou eu não anoto nada, guardo tudo na cabeça (guardar é modo de dizer, já que minha memória nunca foi boa, e a tendência é piorar), ou então anoto em papeizinhos que vou jogando em cima da minha mesa; eu também tenho o saudável costume de anotar números de telefone em uma folha limpa de papel ofício. Como aqui no meu escritório é onde eu também exerço minhas práticas artesanais e ando, ultimamente, envolta com canudos de papel, fica fácil imaginar onde esses papéis vão parar antes que tudo seja inserido em uma agenda, né? Isso se eu tivesse uma agenda, não esqueçamos! O mais interessante é que eu nunca esqueci de fazer um trabalho sequer, no máximo fiquei sem poder falar com o dono do trabalho, cujo número de telefone deve estar no último canudo que enrolei.
Pensando aqui com os meus 269 botões, meu 2008 foi mais do que bom, foi excelente – especialmente porque foi um ano cheio de leseiras-barés. Mas é muita coisa mesmo, então é melhor parar por aqui, senão os outros palimpnóicos não vão mais conseguir postar até 2010.
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