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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Foi mais ou menos assim

Porque gingas mulher?

Assistia o Fantástico que mostrava o que chama a atenção do homem na mulher que passa na calçada da via pública. Vídeos mostravam o andar feminino, a focalização era com os corpos vistos por trás. No entremeio alguns homens entrevistados exageravam sua peripatetice, afinal iriam aparecer na TV. Na rapidez dos cortes de cena de sempre, zarolhos e de ar famélico se referiram ao que endoidece todo homem e às mulheres que adoram mostrar suas bundas; o tema era o requebro, o gingado. Generosas muitas, caricatas outras, a de Gisele Bundchen, magrela e pelada foi mostrada um tanto vazia junto com seu modelista de indumentária; exibida, de mau gosto com o homem, os dois em pé ele abraçado nela, esta curvada para trás, cortinas ou lençóis brancos os cobrindo; Bundchen pode sugerir a muita gente bunda cheia, será? ouvi e li muita piada de mau gosto. Ela, em matéria de gingado provocativo nas passarelas, como outras modelos é o artificialismo insustentável do ser em qualquer via pública; não dá para competir com a mulher brasileira, não tem sentido. Se por um ditador fossem obrigadas a andar duzentos metros, desconjuntariam no meio do caminho. Agora, o andar malemolente das nossas tupiniquins, joga qualquer um no chão. Estrangeiros terminam em carregados em padiolas. O gingado do corpo, começa mais precisamente com a movimentação da bacia, no molejo das ancas que penetra pelas pupilas do elemento masculino em idade sexual e o afeta até à medula, esta que ao longo da coluna vertebral permite que os influxos nervosos que emanam do cérebro, assim automaticamente, após aquela sacada visual cheguem até o órgão sexual. No mínimo, este responde com ligeira contração dos músculos, inicia sua ascensão transcendental e fica nisto porque o objeto da cobiça repentina vai se afastando, diluindo-se no campo visual; é um elemento em fuga, que faz murchar qualquer balão, que provoca o desinteresse do macho da espécie. Há uma distância mínima neste jogo.
E por que existe esta movimentação da anatomia feminina que não acontece nos homens? Ah... pode acontecer, de maneira artificial em gays, em momentos de super afetação e exibicionismo desenfreado. Caricatural.
O segredo da bacia feminina, está na sua amplitude relativa. Ela é mais ampla tanto no sentido norte-sul quanto de bombordo a estibordo, com o osso sacro, o tal do cofrinho, que une os dois ossos ilíacos, as ancas, ser menos verticalizado que no homem. Este conjunto com a coluna lombar cria uma lordose, um pouco acentuada que vai facilitar o aninhamento cômodo do feto. Leva a bunda a empinar-se. Este tipo de bacia facilita a gravidez, Sua dona pode ser uma boa parideira.
Os ossos das coxas, suas cabeças estão implantadas nos ilíacos mais afastadas da linha média que suas congêneres masculinas; isto propicia um “ve” hipotético mais aberto. Na marcha, o corpo do fêmur e sua extremidade inferior, tem que se dirigir para a linha média para passar quase raspando pelo seu oposto na altura do joelho, para efetuar o passo, e o seguinte e o outro. Acontece que no momento em que a perna avança há o primeiro desnivelamento da bacia: é a ginga. No passo seguinte repete-se o movimento do lado contrário. Eis aí o gingado!

Ataulfo Alves celebrizou:

“Esse gostoso requebrado da mulata
Tira o sossego de qualquer um cidadão
Esse jeitinho que ela tem é que me mata
Não ha quem possa resistir à tentação.”

A continuação leva a outros movimentos, o torcer dos pescoços, paradas, virada de corpo inteiro, assovios, lamentos e uivos de insatisfação masculina. Tristeza, Mulheres que vão no mesmo sentido atrasam sua marcha, fingem que não estão vendo nada. As que vêm em sentido contrário viram suas cabeças para o outro lado do mundo. Não estão nem aí e invejam o sucesso. Se ela for “gaveta” então, não esteja na sua frente.

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