Euza: "Amor com amor se paga"
Nesta volta do Palimpnóia, queria fazer um texto arrebatador. Destes que desnudam o leitor e o deixam se vendo nas linhas e entrelinhas. Pensei em vários temas. Nenhum foi capaz de fazer o sacrossanto milagre de me transformar num Veríssimo ou num Rubens Braga ou em qualquer outro grande cronista. Pensei em contar um “causo”. Também não rolou. Nem todos têm o talento de um Jens ou de um Miguelito.
Desisti dos pensamentos megalomaníacos, mas nem os rasos me ocorreram. Falar sobre a minha ausência? Que graça teria falar sobre os dez quilos que me deixaram mais fofinha ou sobre o abismo que quase me tragou? Nem pensar. Nada de histórias mais ou menos!
Em busca de inspiração, meu olhar zapeou a sala. Além de um aparador repleto de fotos das minhas crianças, de hoje e de ontem, de novidade só havia as minhas almofadas indianas e sobre elas o meu companheiro. O mesmo que me venceu pelo cansaço há mais de 30 anos. Fiquei a olhá-lo e a me perguntar: o que faz um homem inteligente e interessante passar a vida insistindo com uma mulher teimosa, egoísta e autosuficiente quanto eu? É bem verdade que a mim também se aplicam alguns belos adjetivos – afinal, nenhum ser humano é vaso apenas de comigo-ninguém-pode – mas a parte incomodativa é consideravelmente grande. Amor. É a única resposta que me ocorre. E foi amor o sentimento confortável que me fez ficar ali, olhando-o com cara de quem quer experimentar o gosto do eterno.
Pois então! Passei a vida a dizer que não queria a sorte de um amor tranquilo. Para desespero dos meus amados, sempre corri atrás das grandes paixões. Sempre quis ser arrebatada pelo vento, não importando onde fosse parar nem o quanto a viagem fosse durar. Não me arrependo. Até porque, ainda sou assim. Ainda tenho meus momentos de fera enjaulada, minhas fomes desmesuradas, minhas tresloucadas fantasias. Mas hoje sou também diferente.
Olhando o sorriso calmo do companheiro, um sentimento de amor novo me tomou. Estive com os dois pés resvalando um imenso abismo. Sorte minha que havia morangos plantados bem à beira. E os morangos me foram oferecidos por ele. Foram também dele as vinte e quatro horas de apoio, de carinho e de esperança partilhada. E foi assim que me vi novamente parceira de um homem que nunca havia deixado de sê-lo.
Talvez a maioria das pessoas não precise estar pendurada no abismo para descobrir o que hoje sei. Mas comigo tudo é sempre muito intenso – seja para o bem ou para o mal. Entretanto, sempre saio renovada. E mais sabedora dos segredos da vida. Como agora sei: “amor é o fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente” Mas amor é também “um estar-se preso por vontade”. É sentir-se completo no silêncio de mãos dadas. É olhar, juntos, a infinitude da mesma estrada.
Desisti dos pensamentos megalomaníacos, mas nem os rasos me ocorreram. Falar sobre a minha ausência? Que graça teria falar sobre os dez quilos que me deixaram mais fofinha ou sobre o abismo que quase me tragou? Nem pensar. Nada de histórias mais ou menos!
Em busca de inspiração, meu olhar zapeou a sala. Além de um aparador repleto de fotos das minhas crianças, de hoje e de ontem, de novidade só havia as minhas almofadas indianas e sobre elas o meu companheiro. O mesmo que me venceu pelo cansaço há mais de 30 anos. Fiquei a olhá-lo e a me perguntar: o que faz um homem inteligente e interessante passar a vida insistindo com uma mulher teimosa, egoísta e autosuficiente quanto eu? É bem verdade que a mim também se aplicam alguns belos adjetivos – afinal, nenhum ser humano é vaso apenas de comigo-ninguém-pode – mas a parte incomodativa é consideravelmente grande. Amor. É a única resposta que me ocorre. E foi amor o sentimento confortável que me fez ficar ali, olhando-o com cara de quem quer experimentar o gosto do eterno.
Pois então! Passei a vida a dizer que não queria a sorte de um amor tranquilo. Para desespero dos meus amados, sempre corri atrás das grandes paixões. Sempre quis ser arrebatada pelo vento, não importando onde fosse parar nem o quanto a viagem fosse durar. Não me arrependo. Até porque, ainda sou assim. Ainda tenho meus momentos de fera enjaulada, minhas fomes desmesuradas, minhas tresloucadas fantasias. Mas hoje sou também diferente.
Olhando o sorriso calmo do companheiro, um sentimento de amor novo me tomou. Estive com os dois pés resvalando um imenso abismo. Sorte minha que havia morangos plantados bem à beira. E os morangos me foram oferecidos por ele. Foram também dele as vinte e quatro horas de apoio, de carinho e de esperança partilhada. E foi assim que me vi novamente parceira de um homem que nunca havia deixado de sê-lo.
Talvez a maioria das pessoas não precise estar pendurada no abismo para descobrir o que hoje sei. Mas comigo tudo é sempre muito intenso – seja para o bem ou para o mal. Entretanto, sempre saio renovada. E mais sabedora dos segredos da vida. Como agora sei: “amor é o fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente” Mas amor é também “um estar-se preso por vontade”. É sentir-se completo no silêncio de mãos dadas. É olhar, juntos, a infinitude da mesma estrada.
Créditos:
Citações: Drummond e Camões e Renato Russo
27 comentários:
Olá, Euza, querida amiga!
17/5/10 09:57Li, recentemente, algo bem interessante sobre o amor.
O amor enquanto sentimento puro, este que as religiões falam e que em direção a ele estamos caminhando, é sabedoria...
Sabedoria sem amor é como um campo aberto ao materialismo e o amor sem sabedoria abre portas ao fanatismo...
Quando se amadurece para o amor, aprendemos o caminho de volta para o aconchego, depois da exaustão de viagens sem sentido...é a fonte de água pura e cristalina para saciar a sede do viajante que busca o lugar seguro para descansar...
Precisamos do equilíbrio, em tudo. Portanto, também precisamos equilibrarmo-nos no amor e na sabedoria para, enfim, encontrarmos a paz!
Amor maduro é tudo de bom! A vida nos ensina sempre...e ela lhe ensinou!
Seja bem vinda!
Muita paz! Beijosssssss
PS: adorei as fotos atualizadas...Sabedoria é, também, não ter medo de mostrar os sinais que tempo colocou em nosso corpo.
Valeu!
Euza, que bom!
17/5/10 10:21Que bom te ler novam e sempremente!
Quem bom te sentir de volta ao mundo blogueiro!
Que bom ser citado, indevida mas carinhosamente, no teu texto!
Que bom saber que eu nunca me enganei em te reconhecer como uma grande escritora!
Que bom, enfim, de poder fazer este comentário.
Por favor, continue a nos fazer presentes outros, iguslçmente letrados e amados.
D'Euza,
17/5/10 17:53não conseguiria explicar, com palavras, a imensa felicidade sentida a cada palavra lida neste seu texto de retorno! Talvez seja algo parecido com o reencontro de um antigo e sólido amor, tão bem explicado pela minha escritora predileta - você, claro!
Acho que foi o amor, preenchendo meu coração, deixando aquele "sentimento confortável" que me fez ficar aqui, lendo com "cara de quem quer experimentar o gosto do eterno". É como se estivesse ao seu lado, em silêncio, olhando, "juntos, a infinitude da mesma estrada".
Beijo, com carinho.
Euza,
17/5/10 18:14nem precisava de abismo... esse lirismo e essa ternura são parte de teu adorável ser!
Abraço fra/terno e como é bom ter vc por perto.
Querida, você sempre arrebata, mesmo não querendo arrebatar. Porque tuas palavras tem vida própria e só existem por causa da sua história, da sua estrada.
17/5/10 20:10É nessas horas "abissais" que a gente sempre vê um "anjo" ao nosso redor, mesmo que ele estivesse ali por tanto tempo sem ser notado...
Beijo
Estava tão ansiosa para te ler que, passei por aqui, li e não consegui comentar. Emoção pura. Agora, mais tranquila, volto e sinto a beleza do bom encontro realizado na trajetória do viver. Cumplicidade-companheirismo-parceria...ingredientes indispensáveis para manter viva essa chama arrebatadora que te cerca em grande Amor.
17/5/10 21:39Obrigada por voltar, Euza. Eu estava a sua espera.
Grande abraço
EUZA,
18/5/10 00:51Bom Dia!
Para mim, o amor sempre foi e será intenso...Mesmo que dure pouco tempo.Sempre vivi paixoes arrebatadoras. E, quando penso em amor, me veme sses momentos lúdicos.nada ale´m disso...
bjs e feliz retorno.bjs e dias felizes
Ah, Euza, o blog demora muito, mas muito tempo para abrir.
Oi, Euza!!!
18/5/10 15:05Que bom receber tua visita lá no meu canto!! Bom também que "Cê" tá voltando. Seu texto é de uma delicadeza imensa e vai desvelando o processo de amadurecimento que é necessário pra gente viver bem os momentos "neste mundo tenebroso". Voltarei sempre para ler-te e fico feliz de tê-los (você e jens ) como amigos-visitantes-leitores-amigos!!! Fica com Deus!!!que ele continue abençoando sua parceria conjugal!!!
O amor trouxe vc de volta e isso é um tudo. Estamos sempre perdendo e reencontrando e às vezes o reecontrar é intenso de eternidade. Beijo
18/5/10 17:15Há amores assim. Conheço bem de perto esse sentimento que dura, que planta os morangos à beira do abismo pra nos salvar. Não falo nunca de minha vida nos blogs, talvez por uma certa timidez, talvez porque tenho um medinho de abrir o livro pra todo mundo, como se fosse arriscado. Não sei. Mas tenho que te dar os parabéns, e a nós também, que agora temos teus textos de volta.
18/5/10 19:47Beijo grande e tudo de bom.
Li e reli,
19/5/10 08:26matei (um pouco)as saudades,
pois saudade que é boa,
deixa a gente sempre com vontade, de matar novamente.
Bem vinda, afinal,
este espaço,
não da internet,
mas do meu coração,
é todo seu.
Muito bom te ler outra vez! Fiquei muito feliz com a volta de vocês, sentia falta de vim por aqui...
19/5/10 10:40É muito bom amar, maravilhoso ser amada, ótimo construir uma amor sólido e maduro!
Quero ter a sorte (bênção) de construir um amor assim, ter um amor recíproco e sólido.
Fico sempre muito feliz de ler histórias assim como a sua!
Obrigada por nos brindar com um texto como esse na sua volta!
Beijão!
Ah! É assim que a vida da gente, virtual ou não, fica mais prazerosa! Bom, muito bom "esbarrar" contigo outra vez!
19/5/10 13:27Para mim foi o contrário, sempre evitei essas "grandes paixões", cujos excessos levam ao sofrimento e desgosto. Por uma questão de preservação, quis um amor tranquilo. Que tenho, para minha felicidade.
19/5/10 14:22Não sei, mas no seu caso, Euza, senti que de algum modo esse amor longo de 30 anos, lhe trouxe uma tranquilidade que a faz feliz.
Beijos
Tão bom quanto esse amor que lhe blinda e brinda, ao qual vocês brindam, é tê-la outra vez em formato de texto.
19/5/10 16:01Um beijo!
Euza, parceira, amiga, infinita,
19/5/10 19:06vc voltou no momento da minha trilha no labirinto! Estou entre sonhos e realidades tão presentes que me atordoam e me fazem ficar reclusa, só me solto para a minha arte, meu porto seguro. Te ver e te ler aqui tem um sabor de recomeço que tento praticar aos poucos. Meu coração aqueceu-se ao te ver retornar, quem sabe seja um aviso de novos ares, belos recomeços.
Fico feliz ao saber que és cuidada, que tens um parceiro que te estende a mão e te mostra os verdadeiros sentimentos, que está e esteve ao teu lado nas horas certas e nas incertas. Só quem não tem, sabe o valor de se ter alguém para tudo e para o sempre.
Senti tua paz!
Beijos saudosos e boas vindas
Saudades doídas, lembranças doces e perguntas, muitas perguntas
Olá
19/5/10 22:41"Preso" por vontade própria ...
Os melhores textos vem dos pequenos gestos .
beijos
O Amor se presta a tudo, e tu bem sabes o que fazer com Ele, ainda que de modo inconsciente. Meu beijo.
21/5/10 05:22encantador e verdadeiro.
21/5/10 13:03bom te ler! muito bom!
beijos
Arrebatou, Euza.
22/5/10 21:43Conheço essas coisas.
Seria difícil eu explicar pq e como sou uma das adeptas desse amor calmaria que vc descreve. Mas sei-o-o muito bem. Tenho essa coisa de ter "meus momentos de fera enjaulada, minhas fomes desmesuradas, minhas tresloucadas fantasias" e talvez ainda não queira, ou não precise, domesticar isso (não sei e não tô dizendo que é o seu caso), mas sei que as duas convivem bem.
23/5/10 02:25Clap-clap-clap por vc ter estreado tão bem conseguido falar de forma esplendorosa sobre o Amor.
Beijos, querida!
.
23/5/10 12:59Quando se tem o seu tamanho,
todos os precipícios têm a
altura de um degrau...
silvioafnso.
.
Valeu sim, Soninha! E valeu demais a sua visita, o seu comentário, o seu carinho! Um beijo enorme, querida
23/5/10 13:31***
Miguelito! Vc sabe que é e será sempre um dos meus amores, né? E este é outro tipo de amor. Tá vendo como Drummond tinha razão? Amor foge a dicionários e a regulamentos vários! Beijãozão, querido!
***
Zequinha, Amore mio! Espero que o sentimento confortável tenha seus momentos paixão, viu? Porque o escarlate é pouco pra nós! :) Obrigada por ser sempre meu parceiro, querido! Beijoconas
***
Eurico, poeta querido! Que bom estar novamente aqui e com vc! Te agradeço pelo carinho, viu? Beijo grandão!
***
Então Marco, eu até já sabia deste “anjo”, mas como vc disse, nunca tinha notado ou dado grande importância a ele. Talvez eu me achasse onipotente demais!
Querido, é bom demais te saber comigo, viu? Beijo grandisssimo
***
Jacinta querida, muito querida! Como sempre, sua sensibilidade me comove! Bom é estar novamente fazendo parte da sua vida, viu? E obrigada por tudo. Beijo enorme, moça!
***
Pois é, Grace, Amor é isso mas é também muito mais que isso. O bom é descobrir o seu estado de graça, seja na calmaria ou na tempestade, né?
Qto ao blog, andamos testando e parece que não está tão pesado assim. Mas se vc souber como deixá-lo mais leve, nos dê as dicas, ta? Um beijo e obrigada, moça.
***
Oi Celso! Apostei comigo mesma que vc não se lembraria mais de mim! :) Mas isso não importa muito, né? Importa que há sempre caminhos que podem se cruzar e parece que estamos novamente cruzando os passos. Obrigada pelas palavras. Grande beijo.
***
AssisE nós dois tb estamos sempre nos reencontrando, né? Amo isso. E amo te gostar tanto! Beijãozão, poeta querido.
***
Dade, eu achava que já conhecia todas as nuances do amor. Mas ele é muito maior do que supõe nossa vã filosofia, né? A cada dia ele se mostra em suas várias formas.
Qto a falar sobre a vida, talvez a nossa diferença esteja na forma. Seus textos traduzem lindamente seus sentimentos, sem que precise ser explícita. Eu já não tenho esta competência! :)
Beijos, querida. E obrigada sempre.
***
Eita Renato! Já tomei posse de tudo, viu? E há muito tempo! rs... Saudade tb de vc, querido. Mas saudade a gente vai matando aos poucos – que é muito mais gostoso assim, né?
Beijos muitossss!!
Então, Cecília. Amor é também construção e com certeza vc está construindo o seu, né? Te agradeço pelo carinho, menina. É bom ter vc aqui. Beijãozão
23/5/10 13:34***
Professor Marcelo, que prazer! Se vc não tivesse “esbarrado” comigo eu iria te buscar, viu? rs... Um beijo enorme e obrigada por vir.
***
Fernanda
Tem razão, Fernanda. Este amor me faz feliz sim. Aliás, amor me faz feliz, seja ele como for. Mas este talvez seja um dos especiais, porque dado de graça, né?
Beijos, querida!
***
Boquita
E bom, na mesma medida, ter vc como companheira de textos e contextos, viu? Beijo-beijo! Vc sabe que te gosto de montão, né?
***
Betinha
Queridíssima! Saudades também. Mas aos poucos a gente vai matando-as. Fico tb feliz em te saber cada vez mais arte, cada vez mais emoção. É bom estar de volta e ser assim recebida! Beijo grandão.
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Игорь
Me senti perfume. Dos mais especiais! rs... Obrigada, moço. É um prazer ter vc aqui. Beijocas
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Jotinha
E sei tb que resgatar amigos como vc me faz um bem enorme, viu? Beijos, querido. E sigamos juntos!
***
Claudinha, que bom te ver por aqui! Bom demais! Um beijo, querida. E muito obrigada pelo carinho.
***
Pois é, Bárbara. Amor sempre arrebata – embora nem sempre a gente saiba traduzi-lo como merece, né? Um beijo, querida.
***
Aline
Yes, parceirissima! E não foi isso o que nos uniu? Esta constante dualidade – ainda que eu tenha renegado por tanto tempo um destes lados, né? :) Beijoconas, querida.
***
SilvioAfonso
Qdo se tem amigos como vc, não é preciso asas para voar! :)
Beijo, poeta!
por partes:
4/6/10 14:421- às vezes gosto mais de ler você a Veríssimo ou Rubens
2- mesmo sem contar um causo há sempre um causo escondido em seus escritos
3- chega um ponto em que manias irritantes passam a despertar ternura
4- feliz, feliz por suas conquistas, sua volta
5- feliz por você, irmãzita
Beijos, carinho,
AdéliaTheresaCampos
Euza,
7/6/10 18:14como sempre eu leio você com prazer e isso sempre desperta sentimentos bons, alegres, reflexivos e apaixonados dentro de minha alma amadora...
Sabe, acho que todos mudamos... Mas quem fomos no passado, nos acompanha por toda a vida, fazendo no presente... quem somos... Eu sinto uma necessidade incontrolável por uma paixão fulminante e intensa, dessas que muitas vezes vemos existir apenas no mundo das idéias, mas o importante é a vontade de amar... Se isso está presente, a vida e quem nos cerca sempre passa a valer a pena...
Beijos (Des)conexos!
Irmãzita! Prazer demais em voltar e te ver aqui com a delicadeza e o carinho de sempre. Obrigada, querida! Bom é poder ocntar com vc! Beijos muitos!
8/6/10 10:24***
Esy! Tenho certeza que esta paixão ainda virá. Especialmente porque vc está aberta a ela, né? Um beijo, querida. E obrigada por estar aqui.
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