O Convidado
Determinados convites são irrecusáveis, soam como elogio, tal qual o Chico me convidar para bater uma bolinha com a turma do Polyteama. Significa que, além de ser medianamente boleiro, seria também bom copo e companhia. Assim o convite para um texto no Palimpnóia afagou o ego. Saber que escrevo acima da média de milhões de brasileiros analfabetos funcionais não é vantagem, mas participar deste tour blogueiro, sim, é uma festa.
Porém, e a vida sempre o tem, o tema não seria nada fácil: Mulheres. Não imagino por que pensaram em mim para tal tema ou pensaram no tema e pensaram em mim? Se fosse para falar de economia e a tão em voga crise, entenderia. Mas mulheres? Por que eu? Seria por conta das últimas postagens? Um poema bocagiano, depois uma revelação de meus manuscritos secretos de como melhorar a virilidade e, finalmente, uma comparação da crise atual, com uma suruba (literalmente)?
O fato é que, estando nesta semana de Carnaval, esticado nas areias de Búzios, sorvendo em doses homeopáticas várias caipiuvas de vodka, fico pasmo de como a espécie feminina consegue ser tão bela. É um ir e vir de maravilhosas pernas, seios e bundas, num desfilar cadenciado, junto ao bater das leves ondas, que me inebria mais que as doses que tomo e aí vem este convite me pedindo justamente para falar de mulheres.
Não seria justo com elas, pareceria um chauvinista obcecado por sexo e mais sexo. Injusto com as mulheres inteligentíssimas que conheço, com as outras, bondosas tal qual Madre Teresa de Calcutá, com as de liderança inquestionável e irrefutável, com as que fazem do ofício de mãe algo tão natural que parece que cresceram para o serem. Para as mulheres que enfim são exemplos não só de mulher, mas de ser humano.
Porém, e a vida não deixa de ter, aqui na praia de Geribá, só consigo lembrar de C. e seu maravilhoso oral, tempos depois só igualado pela M. irmã da M. que mesmo amiga de minha namorada, após uma carona fez o mesmo, deliciosamente. Lembro de outra C. que mesmo grávida (não de mim) pediu que transássemos, pois o marido não estava querendo nada com ela, estando cheio de pudores com sua gravidez, babaca, achava que mãe não era mulher e como ela gemeu gostoso.
Assim é a vida. Desculpem se não consigo escrever bem sobre mulheres, talvez sejam tantas doses me deixando acima do nível do mar, mas dou como desculpa o pouco tempo dado para falar de algo que merece todo o tempo do mundo.
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Dando-nos a honra de estreiar o espaço de convidados: Renato Couto, do blogue Se 1 Ler Tá Bom
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