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domingo, 9 de novembro de 2008

Trivialmente

O enorme poder do pênis

Se o assunto for prazer, tranqüilize-se: tamanho não é documento (dizem). Como todos sabem, não é a quantidade, mas a qualidade o termômetro que garante o bom sexo. Além da atenção, carinho e preliminares. Mas somos obrigados a admitir que um pênis grande é indiscutivelmente um marco definitivo da idéia de virilidade e potência. Os agraciados pela natureza (alegrem-se, meninos, menos de 2% da população mundial masculina ostenta algo beirando os 20 cm), fascinam não só as mulheres, como também os homens, ainda que seja por razões completamente diferentes.

Nas mulheres, a exuberância peniana aponta a possibilidade de explorar regiões de prazer inimagináveis, ainda que o agraciado, muitas vezes, não corresponda ao mínimo esperado dele. Já os maganões, estabelecem com esse ícone uma relação de posse e orgulho (dos que o detém), e de inveja e certa frustração, daqueles que nunca conhecerão o privilégio de tanta fartura.

Com o desabrochar da revolução sexual iniciada nos idos anos 60, as revistas foram ficando mais ousadas e a publicação de imagens de pênis deixou de ser ilegal, permitindo que muitos fotógrafos passassem a desbravar o corpo masculino em ensaios antes limitados aos corpos femininos. Parte desses ensaios destinava-se a publicações dirigidas ao público gay, com homens seminus, em poses inicialmente atléticas. E por questões estéticas (questões particulares dos fotógrafos e das revistas), privilegiavam-se membros mais “vistosos”. Daí começaram a sobressair modelos e atores bem dotados, criando, aos poucos, a “estética do tamanho”.

O surgimento de atores de filmes pornôs explícitos, já nos anos 70, deu o estrelato ao lendário John Holmes. Ele entrou para o hall de superdotados da indústria pornô norte-americana por causa, não apenas do tamanho de seu “instrumento de trabalho”, como também pela intensidade de suas performances. Sua vida e carreira inspiraram dois filmes livremente biográficos. Um deles, “Boogie Nights – Prazer sem Limites”, interpretado por Mark Walberg, mostra a ascensão do ator na indústria de filmes pornográficos. O outro, com Val Kilmer no papel homônimo, é “Crimes em Wonderland”, mostrando o resultado de sua queda fulminante.

Outro que merece destaque é o mito “Long Dong Silver”, que ganhou notoriedade na década de 90 por ser o orgulhoso proprietário de um falo com 45 centímetros. Segundo a lenda, as coadjuvantes que contracenavam com ele chegavam a desmaiar durante as performances. Entretanto, depois de muita polêmica, ficou provado que ele não era tão “poderoso” quanto se imaginava, pois parte dessa fama deveu-se ao fotógrafo Jay Myrdal, um dos primeiros a se dedicar às técnicas manuais (calma!) de modificação da imagem (ah, bom!) em uma época em que fotografia digital e photoshop eram recursos inimagináveis. Ele mesmo (Myrdal) revelou em uma entrevista suas técnicas de manipulação (das imagens) e a forma como foi criado o mito Long Dong Silver.

Por tudo isso podemos concluir que não adianta chorar nem ranger os dentes; o comprimento médio dos melhores companheiros do homem oscila entre os 14 e os 16 centímetros. Todos aqueles que estiverem acima – ou abaixo - dessa média, são privilegiados – ou desprivilegiados – pela mãe natureza.

Ah! Vale lembrar que nessa média não são considerados os lendários africanos, a conta foi feita somente com homens caucasianos ocidentais. Ah, tá!


Zeca Paes Guedes

Fonte: The Big Penis Book, lançado pelo prestigiado selo da Taschen, conhecida por seus belos livros de arte.


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